Em 1897, ano da fundação da capital, Balbina já estava em Belo Horizonte.
Em 1897, ano da fundação de Belo Horizonte, Balbina Camila e Francisco José de Araújo, seu esposo, já estavam na capital. Sra. Balbina foi uma mulher de visão inovadora para a época, empreendedora e com um sentimento de ajuda humanitária muito grande, renunciando a seu patrimônio, em 09 de agosto de 1926, registrou em testamento a criação da Fundação Balbina Camila de Araújo (FBCA).
Não estamos aqui para exaltar apenas a mulher, mas um ideal que ainda hoje transforma muitas vidas. Com um forte legado autossustentável, ela despertou, a então capital mineira a mensagem de empatia e atenção ao outro. Ação que representa o ensinamento de Cristo, da doação, da dedicação e da ética, mas não apenas da ética cristã, mas também a que se refere a vida em sociedade.
Em 1910, o casal adquiriu um sobrado no coração de Belo Horizonte, com várias benfeitorias. Pelas lojas deste imóvel passaram empreendimentos, como a “Casa Oscar Marques”, magazine de roupas masculinas finas, sob a administração do comerciante que lhe dá nome.
A loja chegou a ser citada pelo escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) como ponto de referência da nova, porém ainda provinciana capital mineira, na crônica “Da Velha Cidade”:
“Em uma velha cidade… Senti-me outra vez na Belo Horizonte de 1915, 1920, idades mitológicas, de que não há memória entre os homens e as mulheres de hoje… O mundo era pequeno e limitava-se ao norte pelo Café Estrela, na rua da Bahia, e a leste pela Casa Oscar Marques, na Avenida Afonso Pena“. Carlos Drummond Andrade
Balbina e Francisco integravam um grupo de empreendedores na capital que ainda era um “mundo pequeno”, como descreve Drummond. Ainda hoje, por meio de edital anual, a FBCA patrocina projetos selecionados de entidades belo horizontinas como creches, abrigos, entre outras. Tudo isso com rendimentos provenientes dos aluguéis de suas salas comerciais.